A Agência de Serviços Financeiros do Japão enviou uma mensagem firme ao mercado. Afirma que a oferta de derivados ligados a ETFs de criptoativos estrangeiros “não é desejável”. A atualização foi publicada através de uma revisão do Q&A regulatório divulgada esta semana. A razão é simples: o Japão ainda não aprovou ETFs de criptoativos spot. Por esse motivo, os reguladores afirmam que o quadro de proteção ao investidor ainda está incompleto.
Como resultado, não querem que produtos ligados a ETFs estrangeiros entrem no mercado local por portas laterais. Esta decisão afeta diretamente os contratos por diferença, ou CFDs. Estes produtos permitem aos traders apostar nas variações de preço sem possuir o ativo subjacente. Neste caso, os ativos subjacentes eram ETFs de Bitcoin listados nos EUA, como o IBIT da BlackRock. Assim que a orientação se tornou pública, a IG Securities agiu rapidamente. A empresa anunciou que deixaria de oferecer estes CFDs de criptoativos ligados a ETFs no Japão.
Regulador Diz que Estes Produtos Funcionam como Derivados de Criptoativos
A agência deixou a sua posição muito clara. Mesmo que o ETF esteja listado no estrangeiro, o seu preço acompanha o criptoativo spot. Isso faz com que qualquer CFD ligado, na prática, seja um derivado de criptoativos. Nos termos da Lei dos Instrumentos Financeiros e das Bolsas do Japão, isto coloca estes produtos numa categoria de alto risco. O regulador também apontou falhas na divulgação dos riscos. Avisou que as regras em torno destes instrumentos continuam pouco desenvolvidas. Em suma, o Japão diz que a estrutura parece indireta. Mas o risco é direto. Esta postura marca a primeira vez que o Japão expõe esta posição de forma tão clara. Antes disto, as empresas operavam numa zona cinzenta. Agora, essa zona desapareceu.
Porque É que o Japão Está a Seguir um Caminho Conservador
Enquanto o mercado dos EUA avança rapidamente com ETFs de Bitcoin spot, o Japão mantém-se cauteloso. Os legisladores continuam a ver as oscilações de preço das criptomoedas como uma ameaça para os investidores de retalho. As autoridades estão preocupadas com a alavancagem, liquidações rápidas e perdas súbitas. Os CFDs amplificam todos estes riscos. Se juntarmos a exposição a ETFs globais, os riscos aumentam ainda mais depressa.
O Japão também quer regras mais rigorosas sobre custódia, divulgação e reservas de capital antes de abrir a porta aos ETFs. Até lá, os reguladores preferem abrandar o ritmo do que ter de resolver problemas mais tarde. Esta medida também protege as bolsas locais. Se bancos e corretoras pudessem oferecer livremente produtos de ETFs estrangeiros, a concorrência dispararia de um dia para o outro. O Japão quer ter o enquadramento legal pronto antes que isso aconteça.
O Que Isto Significa Para os Traders e o Mercado
Para os traders japoneses, o impacto é imediato. Quem tiver estas posições em CFDs terá agora de gerir saídas forçadas e alterações de liquidez. Os spreads podem alargar à medida que os contratos forem encerrados. O encerramento antecipado poderá ser a opção mais segura. O tratamento fiscal também se complica. Os CFDs ligados a criptoativos têm regras de reporte diferentes dos criptoativos spot. Os traders poderão precisar de aconselhamento profissional para evitar erros. Para o mercado em geral, a mensagem é ainda mais clara. O Japão não está a apressar-se para aderir à onda global dos ETFs de criptoativos. Quer primeiro uma aprovação total a nível local. Só então permitirá que empresas locais repliquem produtos de ETFs estrangeiros.
No curto prazo, isto abranda a inovação. Também limita o acesso dos investidores de retalho. Mas, do ponto de vista do regulador, esse é o preço da estabilidade. A longo prazo, a porta não está fechada para sempre. O Japão continua a estudar as tendências internacionais. Se os mercados de ETFs dos EUA e da Europa se mostrarem estáveis, a pressão aumentará também internamente. Por agora, no entanto, o Japão escolheu o seu caminho. Sem aprovação local, não há derivados de criptoativos ligados a ETFs estrangeiros. A regra é simples e o sinal é cristalino.
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Japão Bloqueia Negociação de CFD Ligados a ETF de Criptomoedas Sem Aprovação Local
A Agência de Serviços Financeiros do Japão enviou uma mensagem firme ao mercado. Afirma que a oferta de derivados ligados a ETFs de criptoativos estrangeiros “não é desejável”. A atualização foi publicada através de uma revisão do Q&A regulatório divulgada esta semana. A razão é simples: o Japão ainda não aprovou ETFs de criptoativos spot. Por esse motivo, os reguladores afirmam que o quadro de proteção ao investidor ainda está incompleto.
Como resultado, não querem que produtos ligados a ETFs estrangeiros entrem no mercado local por portas laterais. Esta decisão afeta diretamente os contratos por diferença, ou CFDs. Estes produtos permitem aos traders apostar nas variações de preço sem possuir o ativo subjacente. Neste caso, os ativos subjacentes eram ETFs de Bitcoin listados nos EUA, como o IBIT da BlackRock. Assim que a orientação se tornou pública, a IG Securities agiu rapidamente. A empresa anunciou que deixaria de oferecer estes CFDs de criptoativos ligados a ETFs no Japão.
Regulador Diz que Estes Produtos Funcionam como Derivados de Criptoativos
A agência deixou a sua posição muito clara. Mesmo que o ETF esteja listado no estrangeiro, o seu preço acompanha o criptoativo spot. Isso faz com que qualquer CFD ligado, na prática, seja um derivado de criptoativos. Nos termos da Lei dos Instrumentos Financeiros e das Bolsas do Japão, isto coloca estes produtos numa categoria de alto risco. O regulador também apontou falhas na divulgação dos riscos. Avisou que as regras em torno destes instrumentos continuam pouco desenvolvidas. Em suma, o Japão diz que a estrutura parece indireta. Mas o risco é direto. Esta postura marca a primeira vez que o Japão expõe esta posição de forma tão clara. Antes disto, as empresas operavam numa zona cinzenta. Agora, essa zona desapareceu.
Porque É que o Japão Está a Seguir um Caminho Conservador
Enquanto o mercado dos EUA avança rapidamente com ETFs de Bitcoin spot, o Japão mantém-se cauteloso. Os legisladores continuam a ver as oscilações de preço das criptomoedas como uma ameaça para os investidores de retalho. As autoridades estão preocupadas com a alavancagem, liquidações rápidas e perdas súbitas. Os CFDs amplificam todos estes riscos. Se juntarmos a exposição a ETFs globais, os riscos aumentam ainda mais depressa.
O Japão também quer regras mais rigorosas sobre custódia, divulgação e reservas de capital antes de abrir a porta aos ETFs. Até lá, os reguladores preferem abrandar o ritmo do que ter de resolver problemas mais tarde. Esta medida também protege as bolsas locais. Se bancos e corretoras pudessem oferecer livremente produtos de ETFs estrangeiros, a concorrência dispararia de um dia para o outro. O Japão quer ter o enquadramento legal pronto antes que isso aconteça.
O Que Isto Significa Para os Traders e o Mercado
Para os traders japoneses, o impacto é imediato. Quem tiver estas posições em CFDs terá agora de gerir saídas forçadas e alterações de liquidez. Os spreads podem alargar à medida que os contratos forem encerrados. O encerramento antecipado poderá ser a opção mais segura. O tratamento fiscal também se complica. Os CFDs ligados a criptoativos têm regras de reporte diferentes dos criptoativos spot. Os traders poderão precisar de aconselhamento profissional para evitar erros. Para o mercado em geral, a mensagem é ainda mais clara. O Japão não está a apressar-se para aderir à onda global dos ETFs de criptoativos. Quer primeiro uma aprovação total a nível local. Só então permitirá que empresas locais repliquem produtos de ETFs estrangeiros.
No curto prazo, isto abranda a inovação. Também limita o acesso dos investidores de retalho. Mas, do ponto de vista do regulador, esse é o preço da estabilidade. A longo prazo, a porta não está fechada para sempre. O Japão continua a estudar as tendências internacionais. Se os mercados de ETFs dos EUA e da Europa se mostrarem estáveis, a pressão aumentará também internamente. Por agora, no entanto, o Japão escolheu o seu caminho. Sem aprovação local, não há derivados de criptoativos ligados a ETFs estrangeiros. A regra é simples e o sinal é cristalino.