O Japão pretende implementar uma taxa fixa de 20% sobre os ativos de criptografia, e as empresas de gestão de ativos locais já começaram a desenvolver fundos de criptografia.

O Japão está se preparando para reformar as regras fiscais sobre ativos de criptografia, impondo uma taxa uniforme de 20% sobre os lucros das transações, permitindo que os ativos digitais tenham o mesmo tratamento que ações e fundos de investimento. De acordo com o “Nikkei News”, isso marca uma mudança significativa na forma como o Japão lida com os lucros das criptomoedas, com a expectativa de aliviar a insatisfação de longa data dos investidores.

De acordo com o plano, a partir de 2026, a receita de transações de criptomoedas não será mais combinada com salarios ou receitas comerciais, mas sim sujeita a um regime fiscal separado: 15% para o governo central e 5% para os governos locais. Atualmente, os ganhos de criptomoedas são tributados a uma taxa progressiva, que pode chegar a 55%, distorcendo assim o comportamento dos investidores. Em comparação, os ganhos de ações e fundos de investimento são uniformemente tributados a 20%. Os legisladores que apoiam a reforma acreditam que a redução da carga tributária pode dinamizar as transações do mercado e incentivar a inovação nos setores de blockchain e tecnologia, promovendo os ativos digitais como uma categoria de investimento padrão.

A associação japonesa de bolsas de valores virtuais e ativos de criptografia revelou que existem cerca de 8 milhões de contas de criptografia ativas em todo o país, com um volume de negociação à vista de aproximadamente 15 trilhões de ienes (cerca de 9,6 bilhões de dólares) em setembro. Se a proposta for aprovada, isso se tornará uma das reformas fiscais mais favoráveis aos Ativos de criptografia entre as principais economias.

Antes da implementação das novas regras, as empresas de gestão de ativos no Japão já começaram a estruturar fundos de encriptação. A Nomura Asset Management formou um grupo de trabalho interdepartamental para desenvolver estratégias; a Daiwa Asset Management está colaborando com a Global X Japan; a Mitsubishi UFJ e a Amova Asset Management também estão avaliando uma carteira de fundos voltada para investidores de varejo e institucionais. No entanto, a definição de preços de referência, a gestão do fluxo de capital e a segurança da custódia continuam a ser desafios, enquanto a volatilidade dos ativos de criptografia pode aumentar os riscos.

Além disso, a Autoridade Financeira do Japão pretende ajustar as regras de supervisão, incluindo ativos digitais no âmbito da lei de negociação com informação privilegiada, abrangendo 105 tipos de ativos de criptografia listados no país, incluindo Bitcoin e Ethereum. De forma abrangente, essa série de reformas fiscais e regulatórias pode trazer vitalidade a longo prazo e um aumento na participação institucional no mercado de criptografia japonês.