No dia em que o saldo da minha conta ultrapassou dez milhões, não publiquei nada no WeChat Moments, nem fui gabar-me junto de ninguém. Pelo contrário, recebi várias mensagens privadas a perguntar se tinha apanhado alguma grande tendência ou seguido algum grande guru das recomendações.

Limitei-me a sorrir, sem responder. Porque a resposta é demasiado aborrecida — só me agarrei obstinadamente a um “truque básico”: o padrão em N.

Comecei a operar SOL no início de 2023, e em dois anos o valor cresceu até 1,2 milhões; em 2024 cheguei aos 6 milhões; e nos primeiros cinco meses deste ano, ultrapassei os dez milhões. Estes números não foram fruto de sorte, nem de informações privilegiadas — foram apenas o resultado de repetir sempre a mesma lógica e executá-la como uma máquina.

A pequena perda que tive com a AVAX no ano passado fez-me perceber de vez: aqueles indicadores cheios de floreados são pura distração. Quanto mais simples a lógica, maiores as hipóteses de sobrevivência.

Naqueles primeiros seis meses, forcei-me a ser uma “máquina de reconhecimento de padrões”. A lógica do padrão em N é muito simples: o preço sobe, depois recua para a média móvel dos 20 dias e estabiliza, e em seguida quebra o topo anterior — quando estas três condições se juntam, entro; se cair abaixo da linha de suporte, saio imediatamente.

Impus a mim mesmo regras rígidas: stop loss de 2%, take profit de 10%. Mesmo que a taxa de acerto fosse só de 35%, a expectativa de cada operação continuava positiva. Enquanto outros passavam noites em claro a olhar para o MACD, RSI e outros indicadores, eu imprimi 500 gráficos de padrão N e colei-os em toda a secretária, pensando nos suportes até à hora das refeições.

Com o tempo, fui percebendo o segredo e aprendi a deixar o mercado “trabalhar sozinho”. Desliguei todos os indicadores supérfluos, deixando só uma linha ténue quase invisível da média móvel de 20 dias.

Todos os dias, às 9h50 em ponto, abro a plataforma de trading e passo os olhos pela watchlist — se não houver padrões, fecho logo o software; se houver oportunidades, coloco as ordens de stop loss e take profit, e em cinco minutos trato do trabalho do dia.

Em novembro passado, um amigo insistiu para eu correr atrás do DOGE, mas como o padrão ainda não estava formado, não mexi uma palha. Resultado: quem entrou a correr perdeu 40% em duas semanas, e a minha conta subiu silenciosamente 8%.

O que realmente me fez consolidar a posição foi cumprir, com rigor, a regra de proteger o capital.

Ganho de 10%: vendo obrigatoriamente; queda de mais de 2%: corto logo, sem hesitar. Quando cheguei aos 1,2 milhões, tirei logo 30 mil e coloquei-os num depósito a prazo; ao chegar aos 6 milhões, retirei 3 milhões para um produto financeiro conservador com rendimento anual de 3,2%, e continuei a rolar o resto.

Quando o mercado caiu a pique em março deste ano, como estava pouco alavancado, consegui comprar muitos ativos a preços baixos.

O segredo para ganhar dinheiro nas criptomoedas está nestes “métodos simples”: não correr atrás das subidas, só entrar quando o padrão está completo; não insistir nas posições, sair logo se quebrar o suporte; e retirar os lucros assim que possível — só assim é que o dinheiro está realmente seguro.

Se ainda andas a correr atrás das subidas e a vender nas quedas, angustiado com o saldo da conta, não te martirizes. Vai com calma, protege o teu capital — só assim consegues ir mais longe.