Os dados de emprego dos EUA em novembro voltam a brincar com o “mercado de trabalho de Schrödinger” — os despedimentos nas empresas disparam, mas os pedidos de subsídio de desemprego mantêm-se surpreendentemente estáveis.
Começando pelos despedimentos: o relatório Challenger mostra que em novembro o número de despedidos nas empresas chegou diretamente aos 153.000, com uma taxa de crescimento anualizada a disparar para 175,3% e, em termos mensais, um aumento abrupto de 183%. Em termos simples, o número de pessoas despedidas este mês foi quase o dobro do mês passado. As empresas estão mesmo a levar a sério a ideia de “reduzir custos e aumentar a eficiência”.
Mas o estranho é que, até à semana de 29 de novembro, apenas 216.000 pessoas fizeram o primeiro pedido de subsídio de desemprego — abaixo das 220.000 esperadas pelo mercado. A média das últimas quatro semanas subiu ligeiramente para 223.750, e o número de pessoas a receber subsídio de desemprego (na semana de 22 de novembro) foi de apenas 1,96 milhões, até um pouco abaixo do previsto. O que é que isto indica? Que muitos dos despedidos podem ter conseguido arranjar trabalho rapidamente, pelo menos é o que os números oficiais mostram.
Noutros dados, o índice de pressão da cadeia de abastecimento global desceu em novembro para -0,06, o que significa que a cadeia de abastecimento está finalmente menos tensa; as reservas de gás natural (até 28 de novembro) diminuíram em 11 mil milhões de pés cúbicos, muito abaixo dos 18 mil milhões esperados, o que indica que a procura de energia continua fraca.
A questão agora é: como interpretar esta combinação de “despedimentos agressivos + subsídio de desemprego estável”? Será que o mercado de trabalho tem realmente resiliência, ou o impacto dos despedimentos ainda não chegou aos dados do desemprego?
Os relatórios de emprego dos próximos meses serão fundamentais — vão influenciar diretamente a decisão da Reserva Federal sobre cortes nas taxas de juro e moldar as expectativas do mercado sobre uma eventual recessão. Este tipo de “luta de dados” é, muitas vezes, o verdadeiro teste aos nervos dos traders.
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Os dados de emprego dos EUA em novembro voltam a brincar com o “mercado de trabalho de Schrödinger” — os despedimentos nas empresas disparam, mas os pedidos de subsídio de desemprego mantêm-se surpreendentemente estáveis.
Começando pelos despedimentos: o relatório Challenger mostra que em novembro o número de despedidos nas empresas chegou diretamente aos 153.000, com uma taxa de crescimento anualizada a disparar para 175,3% e, em termos mensais, um aumento abrupto de 183%. Em termos simples, o número de pessoas despedidas este mês foi quase o dobro do mês passado. As empresas estão mesmo a levar a sério a ideia de “reduzir custos e aumentar a eficiência”.
Mas o estranho é que, até à semana de 29 de novembro, apenas 216.000 pessoas fizeram o primeiro pedido de subsídio de desemprego — abaixo das 220.000 esperadas pelo mercado. A média das últimas quatro semanas subiu ligeiramente para 223.750, e o número de pessoas a receber subsídio de desemprego (na semana de 22 de novembro) foi de apenas 1,96 milhões, até um pouco abaixo do previsto. O que é que isto indica? Que muitos dos despedidos podem ter conseguido arranjar trabalho rapidamente, pelo menos é o que os números oficiais mostram.
Noutros dados, o índice de pressão da cadeia de abastecimento global desceu em novembro para -0,06, o que significa que a cadeia de abastecimento está finalmente menos tensa; as reservas de gás natural (até 28 de novembro) diminuíram em 11 mil milhões de pés cúbicos, muito abaixo dos 18 mil milhões esperados, o que indica que a procura de energia continua fraca.
A questão agora é: como interpretar esta combinação de “despedimentos agressivos + subsídio de desemprego estável”? Será que o mercado de trabalho tem realmente resiliência, ou o impacto dos despedimentos ainda não chegou aos dados do desemprego?
Os relatórios de emprego dos próximos meses serão fundamentais — vão influenciar diretamente a decisão da Reserva Federal sobre cortes nas taxas de juro e moldar as expectativas do mercado sobre uma eventual recessão. Este tipo de “luta de dados” é, muitas vezes, o verdadeiro teste aos nervos dos traders.