Olhem agora para os livros de contas destas grandes economias — os números são arrepiantes.

A dívida do governo japonês em relação ao PIB? 215%, claramente no topo da lista. Os Estados Unidos não estão muito melhor, com 125%, praticamente a tocar no tecto histórico. A situação na União Monetária Europeia também não é animadora, com uma taxa de endividamento de 95%. Mais digno de nota ainda, é que uma certa grande potência oriental já atingiu os 93% — e há dez anos esta proporção era apenas metade do que é agora.

Dobrar em dez anos, o que é que isso revela? À escala global, o jogo de acumulação de dívida já está a ser levado ao limite do perigo. Os governos estão a sustentar-se com alavancagem, mas a alavancagem impulsiona não só o crescimento, como também o risco. Quando a dívida chega a este patamar, é difícil negar que estamos perante uma crise em gestação.