Os 10 Países Mais Endividados do Mundo, Segundo o FMI

O Japão lidera o ranking global de dívidas públicas com impressionantes 248,7% do PIB, conforme dados divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em outubro de 2024. Esta métrica crucial - a relação dívida/PIB - revela a capacidade dos governos de honrar suas obrigações financeiras, calculada pela divisão da dívida pública pelo produto interno bruto total.

Ranking global de endividamento: dados que impactam mercados

Na segunda posição, o Sudão apresenta uma proporção de dívida de 237,1% em relação ao seu PIB. Surpreendentemente, Singapura - considerado um centro financeiro global - ocupa o terceiro lugar com 175,8%, demonstrando que até mesmo economias altamente desenvolvidas enfrentam desafios significativos no gerenciamento de suas dívidas soberanas.

A Grécia (152,9%) e a Itália (138,7%) mantêm suas posições tradicionais entre os países mais endividados, reflexo de crises econômicas históricas que continuam influenciando suas finanças públicas até hoje.

Economias menores e potências globais: padrões de endividamento

Destaca-se a presença de economias menores como as Maldivas (133,6%) e o Bahrein (129,8%) entre os mais endividados. Estes casos ilustram como países com economias especializadas - dependentes do turismo e do petróleo, respectivamente - podem acumular dívidas proporcionalmente elevadas.

Os Estados Unidos, maior economia mundial, figura em oitavo lugar com 124,1% de dívida em relação ao PIB. A República Democrática Popular do Laos (118,3%) e a França (115,3%) completam este ranking preocupante.

Brasil: situação fiscal em perspectiva comparativa

O Brasil, frequentemente criticado por alguns economistas como "gastador", encontra-se relativamente distante do top 10, ocupando a 23ª posição com endividamento de 92% do PIB. Este dado contextualiza a situação fiscal brasileira em um panorama global mais amplo.

Com redução do déficit observada em 2024, a trajetória da dívida brasileira tem apresentado tendência de queda. Em novembro, o endividamento caiu para 77,7% do PIB, o que reposicionaria o país na 43ª posição mundial.

Este patamar coloca o Brasil significativamente abaixo da média dos países desenvolvidos (111%) e mais próximo da média das economias emergentes (71%), oferecendo uma perspectiva mais equilibrada sobre a saúde fiscal do país em comparação com seus pares globais.