O enigma de Satoshi: A minha visão pessoal sobre o fantasma por trás do Bitcoin

Puta que pariu! Estou obcecado por este mistério há anos. Sempre que o preço do Bitcoin dispara, não consigo evitar perguntar-me se o maldito Satoshi está a observar tudo de algum lugar, a rir-se de nós enquanto a sua fortuna cresce até níveis absurdos.

Se Nakamoto realmente completasse 50 anos em 5 de abril de 2025, ele seria o bilionário fantasma mais influente da história moderna. Mas sejamos sinceros, essa data de nascimento é pura propaganda libertária - uma referência descarada ao momento em que Roosevelt proibiu o ouro em 1933 e quando finalmente os gringos puderam voltar a tê-lo em 1975. Típico de alguém que queria criar um sistema monetário fora do controle estatal.

O que me irrita é a hipocrisia de todo este culto que se formou em torno de um tipo ( ou grupo? ) que poderia estar morto, vivendo tranquilamente com outra identidade, ou simplesmente ter fugido com as chaves das suas carteiras. Com o Bitcoin perto dos 85.000 dólares, o cabrão teria entre 63 e 93 mil milhões em seu poder. E nem um satoshi movido desde 2011? É suspeito, no mínimo.

As grandes exchanges promovem Bitcoin como a revolução financeira definitiva, mas ninguém quer falar do elefante na sala: se Satoshi decidisse vender de repente, o mercado afundaria como o Titanic.

Entre tantas teorias da conspiração, inclino-me por Nick Szabo. O tipo criou Bit Gold anos antes, tem o conhecimento técnico necessário e fica sempre nervoso quando lhe perguntam diretamente. Hal Finney também era um candidato convincente até morrer em 2014. Quanto a Craig Wright... vamos lá, esse palhaço foi desacreditado legalmente. Um juiz britânico já decidiu que falsificou documentos para aparentar ser Satoshi.

E o que acontece com o documentário da HBO que aponta para Peter Todd? Mais uma teoria para alimentar a mitologia. Os americanos adoram mistérios não resolvidos, e isso lhes dá material para especular eternamente enquanto montam estátuas refletoras para que "todos sejamos Satoshi". Que conveniente.

O verdadeiro irónico é que o suposto defensor da descentralização criou involuntariamente um sistema onde qualquer pronunciamento seu causaria um pânico massivo. O seu anonimato já não é uma opção - é uma necessidade para manter estável o ecossistema cripto que construiu.

Entretanto, os governos que antes demonizavam o Bitcoin agora criam reservas estratégicas do ativo, as grandes marcas lançam coleções de roupa com seu nome, e milhões de pessoas negociam com a sua invenção diariamente em plataformas digitais.

Se estiver vivo, deve estar a rir-se às gargalhadas de todos nós.