Após Yale, Harvard também não consegue aguentar? A "nova crise hipotecária" está lentamente se revelando.
De acordo com relatos da mídia, a Harvard Management Company, que gere ativos de até 53 bilhões de dólares, está a colaborar com a Jefferies para planejar a venda do seu portfólio de fundos de private equity, avaliado em cerca de 1 bilhão de dólares, para a Lexington Partners.
Segundo fontes próximas, as negociações entraram na fase final, mas os termos do acordo ainda não foram finalizados, permanecendo incertezas.
A Lexington Partners, uma subsidiária da Franklin Resources Inc., é um dos maiores players no espaço comercial secundário, tendo acabado de fechar um recorde de US$ 22,7 bilhões em arrecadação secundária de fundos no ano passado. A pessoa também mencionou que a Lexington pode eventualmente trazer outros parceiros para concluir a aquisição.
Anteriormente, houve relatos de que a Universidade de Yale também está buscando vender em grande escala seu portfólio de investimentos em private equity, com um volume de transação que pode chegar a 6 bilhões de dólares, o que destaca a crise de liquidez enfrentada por investidores institucionais de grande porte (LPs).
01 Dilema de Liquidez: A desaceleração dos retornos de Private Equity e os enormes compromissos não pagos
A venda da Universidade de Harvard reflete a dura realidade que o mercado de private equity enfrenta atualmente.
De acordo com seu relatório anual (até junho do ano passado), o fundo de doações de Harvard alocou quase 40% de seus ativos na área de private equity. No entanto, nos últimos anos, as empresas de investimento descobriram que a venda das empresas que possuem e a devolução de fundos aos seus parceiros limitados (LPs) se tornaram cada vez mais difíceis. O atraso nos retornos de investimento trouxe pressão de liquidez para instituições como fundos de doações, fundos de pensão e escritórios familiares.
É ainda mais digno de nota que, de acordo com dados dos relatórios financeiros da Universidade de Harvard citados por usuários da plataforma X, até 30 de junho de 2024, os compromissos de investimento não pagos da Universidade de Harvard em ativos ilíquidos, como capital privado, atingem 12,4 mil milhões de dólares.
Isto significa que a Harvard não só precisa de lidar com as necessidades de caixa atuais da operação, mas também precisa reservar uma grande quantidade de fundos para satisfazer potenciais chamadas de capital no futuro - essa imensa responsabilidade potencial sem dúvida agrava a urgência da sua busca por liquidez.
O abrandamento dos retornos de private equity e a tensão na liquidez tornaram-se desafios comuns enfrentados pelos fundos de doações das principais universidades. O relatório também menciona que um porta-voz da Universidade de Yale confirmou que a instituição está colaborando com a Evercore Inc. para buscar a venda no mercado secundário, um processo que já dura meses.
02 Sob pressão de Trump, o risco da "crise das hipotecas subprime" aumenta
Relatórios indicam que os esforços de venda da Universidade de Harvard começaram no ano passado, antes da pressão significativa que o governo Trump exerceu recentemente, incluindo a suspensão de subsídios federais e ameaças de tributação.
Como uma das medidas de resposta, a Universidade de Harvard anunciou em março deste ano a suspensão de contratações e, neste mês, emitiu 750 milhões de dólares em obrigações. Embora o motivo direto da venda de capital privado se deva mais a questões de liquidez do mercado e a altos compromissos não pagos, pressões políticas e financeiras externas também podem ter acrescentado fatores adicionais a esta decisão.
A análise anterior do Wall Street Journal apontou que, à medida que a tensão entre Trump e as universidades aumenta, os enormes fundos de doações das Ivy League se tornam o "olho do furacão". Essas universidades possuem fundos de doações em grande escala e os utilizam para investimentos de alto risco, como private equity.
Num contexto em que os riscos na indústria de private equity estão a acumular-se, esta tempestade pode muito provavelmente desencadear uma crise maior - uma nova "crise do subprime", e pode provocar uma reação em cadeia: negociações de alta frequência por fundos de hedge, reavaliação a desconto do private equity, e até mesmo afetar o setor de capital de risco apoiado por fundos de doação.
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A reação em cadeia começou. Depois de Yale, Harvard começou a vender ativos de capital privado.
Fonte: Wall Street Journal
Após Yale, Harvard também não consegue aguentar? A "nova crise hipotecária" está lentamente se revelando.
De acordo com relatos da mídia, a Harvard Management Company, que gere ativos de até 53 bilhões de dólares, está a colaborar com a Jefferies para planejar a venda do seu portfólio de fundos de private equity, avaliado em cerca de 1 bilhão de dólares, para a Lexington Partners.
Segundo fontes próximas, as negociações entraram na fase final, mas os termos do acordo ainda não foram finalizados, permanecendo incertezas.
A Lexington Partners, uma subsidiária da Franklin Resources Inc., é um dos maiores players no espaço comercial secundário, tendo acabado de fechar um recorde de US$ 22,7 bilhões em arrecadação secundária de fundos no ano passado. A pessoa também mencionou que a Lexington pode eventualmente trazer outros parceiros para concluir a aquisição.
Anteriormente, houve relatos de que a Universidade de Yale também está buscando vender em grande escala seu portfólio de investimentos em private equity, com um volume de transação que pode chegar a 6 bilhões de dólares, o que destaca a crise de liquidez enfrentada por investidores institucionais de grande porte (LPs).
01 Dilema de Liquidez: A desaceleração dos retornos de Private Equity e os enormes compromissos não pagos
A venda da Universidade de Harvard reflete a dura realidade que o mercado de private equity enfrenta atualmente.
De acordo com seu relatório anual (até junho do ano passado), o fundo de doações de Harvard alocou quase 40% de seus ativos na área de private equity. No entanto, nos últimos anos, as empresas de investimento descobriram que a venda das empresas que possuem e a devolução de fundos aos seus parceiros limitados (LPs) se tornaram cada vez mais difíceis. O atraso nos retornos de investimento trouxe pressão de liquidez para instituições como fundos de doações, fundos de pensão e escritórios familiares.
É ainda mais digno de nota que, de acordo com dados dos relatórios financeiros da Universidade de Harvard citados por usuários da plataforma X, até 30 de junho de 2024, os compromissos de investimento não pagos da Universidade de Harvard em ativos ilíquidos, como capital privado, atingem 12,4 mil milhões de dólares.
Isto significa que a Harvard não só precisa de lidar com as necessidades de caixa atuais da operação, mas também precisa reservar uma grande quantidade de fundos para satisfazer potenciais chamadas de capital no futuro - essa imensa responsabilidade potencial sem dúvida agrava a urgência da sua busca por liquidez.
O abrandamento dos retornos de private equity e a tensão na liquidez tornaram-se desafios comuns enfrentados pelos fundos de doações das principais universidades. O relatório também menciona que um porta-voz da Universidade de Yale confirmou que a instituição está colaborando com a Evercore Inc. para buscar a venda no mercado secundário, um processo que já dura meses.
02 Sob pressão de Trump, o risco da "crise das hipotecas subprime" aumenta
Relatórios indicam que os esforços de venda da Universidade de Harvard começaram no ano passado, antes da pressão significativa que o governo Trump exerceu recentemente, incluindo a suspensão de subsídios federais e ameaças de tributação.
Como uma das medidas de resposta, a Universidade de Harvard anunciou em março deste ano a suspensão de contratações e, neste mês, emitiu 750 milhões de dólares em obrigações. Embora o motivo direto da venda de capital privado se deva mais a questões de liquidez do mercado e a altos compromissos não pagos, pressões políticas e financeiras externas também podem ter acrescentado fatores adicionais a esta decisão.
A análise anterior do Wall Street Journal apontou que, à medida que a tensão entre Trump e as universidades aumenta, os enormes fundos de doações das Ivy League se tornam o "olho do furacão". Essas universidades possuem fundos de doações em grande escala e os utilizam para investimentos de alto risco, como private equity.
Num contexto em que os riscos na indústria de private equity estão a acumular-se, esta tempestade pode muito provavelmente desencadear uma crise maior - uma nova "crise do subprime", e pode provocar uma reação em cadeia: negociações de alta frequência por fundos de hedge, reavaliação a desconto do private equity, e até mesmo afetar o setor de capital de risco apoiado por fundos de doação.