De manhã, ao pegar no telemóvel, deparei-me com duas notícias que estavam a incendiar todos os grupos: uma era a captura de ecrã de um documento oficial da Fed a anunciar o fim do QT, a outra era uma página de previsão a mostrar que a probabilidade de eleição de uma figura dovish disparou para 86%. Isto faz lembrar — uma torneira que esteve fechada durante muito tempo, finalmente prestes a ser aberta?
**Mudança de política concretizada, mas não corras já a abrir o champanhe**
No dia 1 de dezembro, a Fed carregou oficialmente no botão de pausa, deixando de retirar dinheiro do mercado. Soa a uma grande notícia positiva, certo?
Mas basta olhar para a história: depois de a Fed parar o aperto em 2019, os ativos de risco só arrancaram verdadeiramente ao fim de meio ano a um ano. O entusiasmo atual do mercado é mais uma aposta nas expectativas; a transmissão aos fundamentais vai ser gradual. A curto prazo, isto pode ser mais um caso de sentimento a liderar e o capital a seguir depois.
**Indicador de pessoal: a ascensão dos dovish é bênção ou maldição?**
O nome Hassett tem aparecido muito ultimamente. A sua posição é clara — defende cortes rápidos nas taxas, chegando a pedir um corte direto de 50 pontos base já em dezembro.
Mas há aqui uma nuance: se o mercado começar a achar que a Fed está a ser guiada por ventos políticos, a sua reputação de independência pode ficar em causa. A longo prazo, isso até pode reacender as expectativas de inflação, ou mesmo abalar os alicerces da confiança no dólar.
A minha opinião? A curto prazo, é de facto um doce para os ativos de risco, mas é preciso estar atento ao possível efeito de ricochete provocado por uma eventual perda de credibilidade das políticas futuras.
**BTC: até onde se pode comprimir a mola da liquidez?**
No plano técnico, o BTC já saiu da zona de sobrevenda, mas a faixa dos 95.000 a 100.000 dólares continua a ser um obstáculo. Se o volume de transações acompanha ou não, será a chave para o rompimento.
A ETH apresenta-se ligeiramente mais forte, com sinais de que algum capital está a circular entre as principais moedas.
Os dados on-chain mostram que os grandes endereços aumentaram posições nas últimas zonas de mínimos, mas do lado dos ETF ainda não se vê um fluxo de entradas consistente.
Há ainda um risco potencial — se o Banco do Japão decidir subir as taxas de repente, isso pode ser o rastilho para uma correção no curto prazo. Afinal, a liquidez global funciona como vasos comunicantes: um aperto num lado afeta os outros.
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RugpullSurvivor
· 17h atrás
É sempre a mesma história: primeiro especula-se com as expectativas, depois espera-se pelos fundamentos. Já vimos isso em 2019. Se a independência da Reserva Federal perder valor, quando a inflação voltar, quem é que paga a conta?
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WagmiOrRekt
· 17h atrás
Porra, desta vez é mesmo verdade ou estamos só a comer noodles outra vez? Já vi esse esquema de 2019 há muito tempo.
A história está sempre a repetir-se, será que desta vez a liquidez aguenta mesmo até aos cem mil?
Apostar só nas expectativas, acho que é um bocado arriscado demais.
O que é mesmo assustador é se a Reserva Federal perder a sua independência, aí sim, se o crédito do dólar colapsar, isso é que é uma tragédia.
Neste ponto do BTC ainda estou à espera, não tenhas pressa enquanto o volume de transacções não aumentar.
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¯\_(ツ)_/¯
· 17h atrás
Espera aí, o Hassett vai mesmo assumir diretamente? Se realmente baixarem as taxas de juro, vou-me rir. A reputação da independência da Reserva Federal vai por água abaixo.
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CryptoMotivator
· 17h atrás
O caso do Hassett está realmente um pouco no ar, se a independência da Reserva Federal for abalada, a força do efeito reverso depois é que vai ser mesmo grande.
Espera aí, disseste que o BTC está preso ali na faixa dos 95.000 a 100.000, mas eu sinto que o volume de transacções nem sequer acompanhou.
O Banco do Japão é mesmo o maior incómodo, se eles realmente subirem as taxas nós aqui vamos ser arrastados, a liquidez global é mesmo uma reação em cadeia.
Em 2019 levou um ano desde parar o aperto até descolar de verdade, porque é que agora este pessoal está com tanta pressa? Não é como se não tivéssemos exemplos anteriores.
Mas falando nisso, porque é que o ETH parece até mais forte nestes últimos dias? Os dados de acumulação dos grandes investidores em mínimos não serão um sinal?
De manhã, ao pegar no telemóvel, deparei-me com duas notícias que estavam a incendiar todos os grupos: uma era a captura de ecrã de um documento oficial da Fed a anunciar o fim do QT, a outra era uma página de previsão a mostrar que a probabilidade de eleição de uma figura dovish disparou para 86%. Isto faz lembrar — uma torneira que esteve fechada durante muito tempo, finalmente prestes a ser aberta?
**Mudança de política concretizada, mas não corras já a abrir o champanhe**
No dia 1 de dezembro, a Fed carregou oficialmente no botão de pausa, deixando de retirar dinheiro do mercado. Soa a uma grande notícia positiva, certo?
Mas basta olhar para a história: depois de a Fed parar o aperto em 2019, os ativos de risco só arrancaram verdadeiramente ao fim de meio ano a um ano. O entusiasmo atual do mercado é mais uma aposta nas expectativas; a transmissão aos fundamentais vai ser gradual. A curto prazo, isto pode ser mais um caso de sentimento a liderar e o capital a seguir depois.
**Indicador de pessoal: a ascensão dos dovish é bênção ou maldição?**
O nome Hassett tem aparecido muito ultimamente. A sua posição é clara — defende cortes rápidos nas taxas, chegando a pedir um corte direto de 50 pontos base já em dezembro.
Mas há aqui uma nuance: se o mercado começar a achar que a Fed está a ser guiada por ventos políticos, a sua reputação de independência pode ficar em causa. A longo prazo, isso até pode reacender as expectativas de inflação, ou mesmo abalar os alicerces da confiança no dólar.
A minha opinião? A curto prazo, é de facto um doce para os ativos de risco, mas é preciso estar atento ao possível efeito de ricochete provocado por uma eventual perda de credibilidade das políticas futuras.
**BTC: até onde se pode comprimir a mola da liquidez?**
No plano técnico, o BTC já saiu da zona de sobrevenda, mas a faixa dos 95.000 a 100.000 dólares continua a ser um obstáculo. Se o volume de transações acompanha ou não, será a chave para o rompimento.
A ETH apresenta-se ligeiramente mais forte, com sinais de que algum capital está a circular entre as principais moedas.
Os dados on-chain mostram que os grandes endereços aumentaram posições nas últimas zonas de mínimos, mas do lado dos ETF ainda não se vê um fluxo de entradas consistente.
Há ainda um risco potencial — se o Banco do Japão decidir subir as taxas de repente, isso pode ser o rastilho para uma correção no curto prazo. Afinal, a liquidez global funciona como vasos comunicantes: um aperto num lado afeta os outros.