Os mercados de previsão têm estado em alta nos últimos dois anos.

Plataformas como Polymarket e Kalshi permitem-te apostar nos mais variados resultados do mundo real — quem vai ganhar as eleições presidenciais? Que equipa vai vencer o próximo jogo? Será que uma grande empresa tecnológica vai lançar um novo produto a tempo? O número de participantes não pára de crescer e até os media tradicionais começaram a fazer reportagens frequentes.

Pegando no exemplo da Polymarket, os utilizadores compram e vendem ações de contratos com base nas suas previsões sobre o futuro, e o volume de transações na plataforma já atingiu dezenas de milhões de dólares. A Kalshi vai ainda mais longe: com o apoio de investidores como a Y Combinator e a Sequoia, obteve a licença de conformidade da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA (CFTC), operando assim diretamente sob o enquadramento regulatório.

Porque é que isto explodiu de repente? Em termos simples, toca no essencial da natureza humana: a curiosidade leva-te a querer saber a resposta, o interesse financeiro motiva-te a pensar com mais seriedade, e a assimetria de informação cria oportunidades de negociação. Quando a tua carteira está ligada ao resultado das previsões, esforças-te mais do que o habitual.

Aqui, a tecnologia blockchain desempenha um papel fundamental — transparente, eficiente, global e sem intermediários a ficarem com parte dos lucros.

**Como é que isto funciona, afinal?**

Resumidamente, um mercado de previsão é um local onde se compram e vendem “contratos de resultados futuros”.

Imagina que existe um mercado com a pergunta: “O Bitcoin vai ultrapassar os 100.000 dólares até 2026?” Se achas que sim, compras contratos de “sim” e, se o evento acontecer, ganhas dinheiro; se achas que não, podes fazer short ou vender. O preço do contrato reflete em tempo real as expectativas do público — se o contrato estiver a 0,65 dólares, significa que o mercado acredita que há 65% de probabilidade de isso acontecer.