Hoje circulou uma notícia bombástica no sector financeiro — o Bank of America anunciou oficialmente aos seus clientes de elevado património líquido uma nova recomendação de investimento: considerem alocar até 4% do portefólio a Bitcoin e outras criptomoedas.

Quão impactante é isto? Convém lembrar que estamos a falar de um dos maiores bancos tradicionais do mundo, que até aqui mantinha uma postura de prudência, ou até de ceticismo, em relação aos ativos digitais. Agora, com este reconhecimento oficial, é como se tivessem passado um verdadeiro “cartão de entrada” às criptomoedas🎫.

Porque é que houve esta mudança?

Ao analisar o relatório, percebe-se que a lógica do banco é bastante pragmática: não se trata de encorajar especulação ou compras impulsivas, mas sim de encarar o Bitcoin como uma “ferramenta alternativa de diversificação”. Em resumo —

As ações e obrigações tradicionais costumam ter desempenhos alinhados com os ciclos económicos, com oscilações previsíveis. Já o Bitcoin é diferente: a sua volatilidade não segue o mesmo padrão dos mercados tradicionais, e essa característica pode ajudar a proteger o portefólio contra riscos🧺. Especialmente num cenário de pressão inflacionista, o papel de refúgio dos ativos digitais está a ser reavaliado.

Como irá o mercado reagir?

Com este sinal, muitos antecipam um efeito dominó🐑. Outros grandes players financeiros seguirão o exemplo e ajustarão as suas estratégias de investimento? Fundos de pensões, companhias de seguros e outros grandes investidores institucionais estarão também a reavaliar o valor das criptomoedas nas suas carteiras? Se a resposta for afirmativa, poderemos assistir a uma nova vaga de entradas de capital no mercado.

Naturalmente, o Bank of America sublinha repetidamente na recomendação: as criptomoedas são altamente voláteis e não são adequadas para todos os investidores. Este “aviso legal” é fundamental, pois a volatilidade destes ativos é um facto incontornável.

De “bicho-papão” para as finanças tradicionais, ao ponto de agora integrarem as listas de ativos sugeridos pelos grandes bancos, a transformação das criptomoedas ao longo dos últimos anos é notável. Será este passo do Bank of America um ponto de viragem para o sector, ou apenas um caso isolado?🤔

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