Ontem houve um movimento fácil de ignorar mas muito significativo: o Bank of America recomendou oficialmente aos clientes que invistam até 4% dos seus fundos em Bitcoin e criptomoedas. A par da abertura do trading de ETF pelo Grupo Vanguard, as portas das finanças tradicionais estão a abrir-se a uma velocidade visível a olho nu.
Na verdade, esta movimentação já tinha sido prenunciada há dois meses, mas na altura o mercado estava tão caótico que ninguém reparou.
Vamos ver a linha temporal: No início de outubro, o Morgan Stanley foi o primeiro a anunciar a abertura do canal de investimento em cripto para todos os clientes — atenção, é “qualquer tipo de conta” que pode comprar, incluindo contas de reforma. A partir de 15 de outubro, os consultores de riqueza deles já podiam promover ativamente fundos cripto aos clientes.
Quase ao mesmo tempo, o Citibank lançou a notícia: início de 2026 vão disponibilizar serviços de custódia cripto a nível institucional. O JP Morgan veio logo a seguir afirmar que, em breve, os clientes poderão negociar Bitcoin e outros ativos digitais diretamente na plataforma.
Por detrás destes movimentos, esconde-se um jogo de números impressionante.
Nos canais de gestão de património dos EUA existem 300 mil consultores financeiros, que gerem 30 biliões (trillion) de dólares em ativos de clientes. Se apenas 2% desse dinheiro fluir para ETFs de Bitcoin através deste canal, são 600 mil milhões de dólares em capital adicional. Convém lembrar que estes consultores só podiam recomendar produtos oficialmente aprovados pela empresa; agora, as barreiras de entrada para ativos cripto estão a cair em massa.
Mais importante ainda, a natureza desta alocação mudou. Os pequenos investidores fazem trading de curto prazo, as instituições jogam em ciclos, mas o dinheiro que entra pelos canais de gestão de património — esse é capital de alocação a longo prazo, não foge só porque o mercado oscila. A estabilidade e a continuidade deste tipo de capital é o que pode de facto transformar a estrutura do mercado.
Agora a questão não é “será que mais bancos vão aderir”, mas sim “quem será o próximo”.
Esta página pode conter conteúdo de terceiros, que é fornecido apenas para fins informativos (não para representações/garantias) e não deve ser considerada como um endosso de suas opiniões pela Gate nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Isenção de responsabilidade para obter detalhes.
13 Curtidas
Recompensa
13
4
Repostar
Compartilhar
Comentário
0/400
HallucinationGrower
· 12-03 03:52
Fogo, se apenas 2% dos 30 biliões de dólares entrarem, já são 600 mil milhões. Este número é mesmo absurdo.
Ver originalResponder0
GateUser-0717ab66
· 12-03 03:43
Epá, 2% de 30 biliões de dólares já são 600 mil milhões, só de ver este número já se percebe que vai enlouquecer tudo.
Quando o dinheiro institucional entra é outra coisa, o que nós, os pequenos investidores, andamos a mexer a curto prazo não é nada comparado.
A Morgan Stanley já anunciou oficialmente, achas que os outros grandes bancos vão demorar? É só esperar para ver.
Uma alocação de 4% parece conservadora, mas isto é o sinal de reconhecimento das finanças tradicionais, game over.
A Citi vai lançar o serviço de custódia no início de 26? Já devia ter sido feito, vieram mesmo tarde.
O essencial é que, com fundos de alocação a longo prazo a entrar, o cenário muda — não vão ficar assustados só porque veem uma queda como nós.
Agora os consultores financeiros já podem recomendar cripto, a fasquia caiu tão depressa que até apanha desprevenido.
30 mil consultores a começarem a vender BTC, imagina o número de pequenos investidores que isto vai atrair.
Mais nada a dizer, esta jogada já estava preparada há dois meses, quem só agora percebeu já vai demasiado tarde.
Ver originalResponder0
OnchainHolmes
· 12-03 03:37
Fogo, 30 biliões, mesmo que só circule um por cento já dá para comer durante dois anos.
Ver originalResponder0
CoinBasedThinking
· 12-03 03:25
Epá, 30 biliões de milhões a cair assim, mesmo que só 2% já é um valor astronómico... As finanças tradicionais estão mesmo a levar isto a sério.
---
Isto sim é capital de longo prazo, não é como nós, os pequenos investidores, sempre a olhar para os gráficos de velas e a borrarmo-nos de medo... Quando as instituições entram, é logo para dez anos no mínimo.
---
A Morgan Stanley já andava a preparar o terreno há muito tempo, naquela altura ainda pensei que estavam só a testar as águas, afinal estavam era a posicionar-se para hoje.
---
A questão é: quanto tempo vai durar este fluxo de entrada? Ou será que, até ao final do ano, já não se fala mais nisto?
---
Espera lá, agora os consultores de património podem promover isto ativamente? Isto é como abrir as comportas de uma barragem...
---
O que mete mesmo medo não são os 4%, é que uma vez mudada a mentalidade, ninguém sabe quanto capital seguidor vai entrar depois.
---
A Citibank lança o serviço de custódia no início do próximo ano, acertaram mesmo no timing... Sinto que o Bitcoin ainda vai dar que falar até ao final deste ano.
Ontem houve um movimento fácil de ignorar mas muito significativo: o Bank of America recomendou oficialmente aos clientes que invistam até 4% dos seus fundos em Bitcoin e criptomoedas. A par da abertura do trading de ETF pelo Grupo Vanguard, as portas das finanças tradicionais estão a abrir-se a uma velocidade visível a olho nu.
Na verdade, esta movimentação já tinha sido prenunciada há dois meses, mas na altura o mercado estava tão caótico que ninguém reparou.
Vamos ver a linha temporal:
No início de outubro, o Morgan Stanley foi o primeiro a anunciar a abertura do canal de investimento em cripto para todos os clientes — atenção, é “qualquer tipo de conta” que pode comprar, incluindo contas de reforma. A partir de 15 de outubro, os consultores de riqueza deles já podiam promover ativamente fundos cripto aos clientes.
Quase ao mesmo tempo, o Citibank lançou a notícia: início de 2026 vão disponibilizar serviços de custódia cripto a nível institucional. O JP Morgan veio logo a seguir afirmar que, em breve, os clientes poderão negociar Bitcoin e outros ativos digitais diretamente na plataforma.
Por detrás destes movimentos, esconde-se um jogo de números impressionante.
Nos canais de gestão de património dos EUA existem 300 mil consultores financeiros, que gerem 30 biliões (trillion) de dólares em ativos de clientes. Se apenas 2% desse dinheiro fluir para ETFs de Bitcoin através deste canal, são 600 mil milhões de dólares em capital adicional. Convém lembrar que estes consultores só podiam recomendar produtos oficialmente aprovados pela empresa; agora, as barreiras de entrada para ativos cripto estão a cair em massa.
Mais importante ainda, a natureza desta alocação mudou. Os pequenos investidores fazem trading de curto prazo, as instituições jogam em ciclos, mas o dinheiro que entra pelos canais de gestão de património — esse é capital de alocação a longo prazo, não foge só porque o mercado oscila. A estabilidade e a continuidade deste tipo de capital é o que pode de facto transformar a estrutura do mercado.
Agora a questão não é “será que mais bancos vão aderir”, mas sim “quem será o próximo”.