Quando a probabilidade de corte de juros da Reserva Federal (FED) em dezembro disparou para 87%, o mercado financeiro iniciou uma verdadeira festa como esperado. Os três principais índices da bolsa americana atingiram novas máximas temporárias, o ouro subiu de forma constante, apoiado por suas propriedades de refúgio e proteção contra a inflação, e a prata, impulsionada pelas expectativas de recuperação da demanda industrial, obteve um aumento excessivo. No entanto, nesse cenário de alta generalizada, o mercado de criptomoedas se comportou de forma contrária. Esse padrão de diferenciação bizarro levanta a dúvida: será que o bear market realmente está chegando, como indicam as médias móveis, velas e outros indicadores técnicos?

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A resposta pode não ser tão simples. A reunião da Coordenação de Trabalho para Combater a Especulação em Transações de Moedas Virtuais, convocada pelo Banco Popular da China em 28 de novembro, é a chave para desvendar o enigma do mercado. Esta reunião de coordenação não é apenas uma reafirmação de políticas, mas sim um forte sinal regulatório liberado em um ponto sensível da emoção do mercado. A peculiaridade do mercado de criptomoedas reside na sua propriedade de circulação global, que forma um conflito natural com a fragmentação das políticas regulatórias de cada país, enquanto a China mantém uma postura de alta pressão em relação à especulação em transações de moedas virtuais. Esta reunião poderá muito provavelmente reforçar o controle sobre os intermediários de negociação, o fluxo de fundos e os serviços técnicos, atingindo diretamente o ponto crítico de liquidez do mercado de criptomoedas. Diferentemente do mercado acionário americano, que depende dos lucros empresariais, e dos metais preciosos, que dependem da demanda física, o mercado de criptomoedas depende fortemente do consenso financeiro. O endurecimento das políticas regulatórias frequentemente provoca um êxodo de capitais em pânico a curto prazo, que é a razão central pela qual o mercado cai em meio a um ambiente macroeconômico positivo.

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A chamada "virada de ciclo" da análise técnica é difícil de explicar o fenômeno de diferenciação atual entre o mercado de criptomoedas e os ativos de risco tradicionais — se realmente estamos no início de um Bear Market, por que as ações dos EUA continuam a subir? Em termos de desempenho ao longo do ano, o valor de mercado das criptomoedas ainda aumentou mais de 90% este ano, superando em muito o desempenho das ações dos EUA, essa tendência de alta de longo prazo não será revertida por uma única queda em um dia de negociação. Mais notável é que, nesta queda, não houve sinais de retirada em massa de fundos institucionais, o valor de mercado das stablecoins ainda se mantém em uma faixa alta, indicando que o capital de longo prazo do mercado não foi abalado, e as flutuações de curto prazo são mais vendas emocionais provocadas por notícias regulatórias. Em vez de se fixar nas "profecias de Bear Market" dos indicadores técnicos, é melhor examinar de forma mais racional o ambiente político do mercado de criptomoedas e sua própria capacidade de suportar riscos — em um contexto de regulamentação cada vez mais clara, o mercado de criptomoedas está gradualmente se afastando do crescimento descontrolado, apenas aqueles ativos que realmente possuem valor técnico e cenários de aplicação poderão alcançar valorização de longo prazo em meio à volatilidade.