Ouro em Forte Alta: Mineradoras Lucram, Mas Volatilidade Ronda o Setor

O ouro disparou para perto de $4.000 a onça em outubro, e as mineradoras estão rindo no banco. Ativos em ETFs de ouro chegaram a $407 bilhões globalmente em 2025 — um volume impressionante que reflete a fome de investidores por ativos de segurança.

Por Que o Preço Sobe Tanto?

Três fatores na receita: cortes de taxas pelo Federal Reserve (tornando ouro mais atraente), tensões geopolíticas (sempre bom ter ouro embaixo do colchão) e, especialmente, os bancos centrais acumulando ouro como parte de uma onda de desdolarização.

O Lado Bom para Mineradoras

Quando o preço do ouro bate máximas, as margens explodem. Os custos de operação dessas minas são basicamente fixos — então cada onça extra vendida a $4.000 em vez de $3.000 vai direto para o lucro. Resultado: receitas recordes, ações em alta, e investidores aplaudindo.

O Lado Ruim (E Há um)

Mas nem tudo é ouro que reluz. O setor enfrenta:

• Depósitos se esgotando (as minas boas não duram para sempre)
• Regulações ambientais apertando (painéis solares e painéis ambientais não combinam bem)
• Riscos geopolíticos em regiões mineradoras instáveis
• Possíveis mudanças tributárias

Em outubro, as ações de mineração corrigiram 6-8% quando: investidores realizaram lucros, o dólar ficou mais forte e algumas tensões geopolíticas arrefeceram.

A Prata Também Subiu

Não é só ouro não. A prata teve sua própria festa — tanto como refúgio seguro quanto por demanda industrial (painéis solares, eletrônicos). Duplo impulso.

O Que Significa Daqui para Frente?

A tendência de desdolarização dos bancos centrais é real e deve continuar sustentando o ouro. Mineradoras estão se reinventando: tecnologia, diversificação geográfica, fusões e aquisições. O setor não é à prova de volatilidade, mas tendências de longo prazo apontam para cima.