Para ser sincero, minerar atualmente tornou-se uma mistura de competência técnica e músculo financeiro. Já não estamos na era em que bastava ter um computador para ganhar dinheiro facilmente, mas quem percebe verdadeiramente do assunto ainda consegue apanhar os melhores momentos.
Porque é que ainda há quem mine?
O essencial resume-se a uma frase: novo fornecimento de moedas + taxas de transação = o teu rendimento. Parece simples, mas na prática é preciso equilibrar várias variáveis:
Custo da eletricidade: Este é o maior fator. Para a mesma moeda, em locais onde a eletricidade é barata consegues lucrar, onde é cara só tens prejuízo.
Dificuldade de mineração: Quanto maior a dificuldade, maior a potência de computação exigida, logo maior o investimento em hardware.
Variação do preço da moeda: Este é crucial. Num momento ainda compensa minerar, no seguinte o preço cai para metade e ficas só com a conta da luz.
Velocidade de obsolescência do hardware: As máquinas de mineração evoluem rapidamente; o que hoje é topo de gama, amanhã já pode estar ultrapassado.
7 moedas que ainda valem a pena espreitar
1. Bitcoin (BTC)
O líder indiscutível. Apesar da dificuldade crescente e do hardware cada vez mais exigente, com capital suficiente e eletricidade barata, a mineração de BTC continua a ser uma fonte estável de fluxo de caixa. Requer ASICs profissionais, com custos a começar nas dezenas de milhares.
2. Litecoin (LTC)
Continua a ser o “prata” das criptos. Tem uma dificuldade bem mais baixa que o BTC e a barreira de entrada é mais acessível. Máquinas como a Antminer L3+ já servem, e a concorrência não é tão feroz.
3. Zcash (ZEC)
Um exemplo clássico de cripto focada na privacidade. Atrai uma comunidade própria devido ao mecanismo de provas de conhecimento zero. Pode ser minerada com ASICs, tem um rendimento razoável, mas o interesse do mercado é inferior ao do BTC ou LTC.
4. Ethereum Classic (ETC)
Depois do ETH passar para PoS, muitos mineradores com GPUs migraram para aqui. É mais democrático e menos dispendioso, mas o ecossistema está a arrefecer — não esperes enriquecer rapidamente.
5. Dogecoin (DOGE)
Apesar de ter começado como uma piada, está bem vivo. O algoritmo Scrypt permite mining com GPU e tem um acesso fácil. Cada moeda vale pouco, mas o volume compensa.
6. Filecoin (FIL)
Este é especial: não usa ASIC, mas sim o Proof of Space-Time — trocas espaço de armazenamento por moedas. Precisas de discos rápidos e boa largura de banda, mas a eletricidade é menos relevante. Ideal para quem tem espaço de armazenamento por aproveitar.
7. Ravencoin (RVN)
Muito resistente a ASICs, foi desenhada para proteger os mineradores de GPU. Tem a barreira de entrada mais baixa, mas também os rendimentos, sendo a estabilidade o principal atrativo.
Enfrentar a realidade
10 armadilhas da mineração que deves evitar:
A conta da luz destrói os teus sonhos — Em zonas com eletricidade cara, não compensa; o custo consome todo o lucro.
Investimento exagerado em hardware — Máquinas de mineração custam milhares ou dezenas de milhares e desvalorizam rapidamente.
Concorrência cada vez mais feroz — Grandes pools e instituições esmagam o pequeno minerador, e a dificuldade sobe todos os meses.
O preço das moedas pode cair de repente — Após meses a minerar, o preço pode cair para metade e ficas a perder.
Risco dos eventos de halving — Cada halving corta os rendimentos a meio e o preço pode não subir a curto prazo.
Risco regulatório — Em certos países a mineração pode ser proibida de um momento para o outro (como aconteceu na China em 2021), destruindo o negócio.
Riscos de segurança — Máquinas hackeadas, carteiras roubadas; o trabalho pode ser em vão.
Questões ambientais — Mineração PoW consome muita energia, e a pressão social não para de aumentar.
A barreira técnica é real — Configurar drivers, ajustar software, manutenção regular — não é para iniciantes.
Fraudes em todo o lado — Mineração na cloud, cloud mining — a maioria são esquemas Ponzi onde os novos pagam aos antigos.
Como começar a minerar
Escolher a moeda — Avalia o teu hardware e custos de eletricidade locais, calcula o período de retorno do investimento (ROI). Não sigas a multidão às cegas.
Investir em hardware — CPU, GPU ou ASIC? Isto determina o custo. Evita comprar material obsoleto em segunda mão.
Criar uma carteira — Usa uma carteira self-custody de confiança e faz backup da chave privada.
Instalar software — Ferramentas como CGMiner ou GMiner, escolhe conforme a moeda.
Entrar num pool de mineração — Minerar sozinho quase não dá rendimento, junta-te a pools fiáveis como Stratum.
Pôr as máquinas a trabalhar — Depois de arrancar, monitoriza regularmente e faz manutenção; não deixes ao abandono.
Resumo
Em 2024 ainda há oportunidades na mineração, mas já não é dinheiro fácil. Vais precisar de:
Eletricidade quase grátis (ou viver em sítios como o Médio Oriente ou Islândia)
Investimento inicial considerável
Capacidade de assumir riscos
Conhecimento técnico atualizado
Se tiveres tudo isto, a mineração pode ser uma boa fonte de rendimento passivo. Se não, talvez seja melhor apostar em trading, tarefas ou participar no ecossistema.
Não te deixes enganar por anúncios de “ganha 1000€ por dia” — quem realmente lucra na mineração, já está calado e a ganhar dinheiro.
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Ainda é possível ganhar dinheiro com mineração em 2024? Estes 7 criptoativos merecem a sua atenção
Para ser sincero, minerar atualmente tornou-se uma mistura de competência técnica e músculo financeiro. Já não estamos na era em que bastava ter um computador para ganhar dinheiro facilmente, mas quem percebe verdadeiramente do assunto ainda consegue apanhar os melhores momentos.
Porque é que ainda há quem mine?
O essencial resume-se a uma frase: novo fornecimento de moedas + taxas de transação = o teu rendimento. Parece simples, mas na prática é preciso equilibrar várias variáveis:
7 moedas que ainda valem a pena espreitar
1. Bitcoin (BTC)
O líder indiscutível. Apesar da dificuldade crescente e do hardware cada vez mais exigente, com capital suficiente e eletricidade barata, a mineração de BTC continua a ser uma fonte estável de fluxo de caixa. Requer ASICs profissionais, com custos a começar nas dezenas de milhares.
2. Litecoin (LTC)
Continua a ser o “prata” das criptos. Tem uma dificuldade bem mais baixa que o BTC e a barreira de entrada é mais acessível. Máquinas como a Antminer L3+ já servem, e a concorrência não é tão feroz.
3. Zcash (ZEC)
Um exemplo clássico de cripto focada na privacidade. Atrai uma comunidade própria devido ao mecanismo de provas de conhecimento zero. Pode ser minerada com ASICs, tem um rendimento razoável, mas o interesse do mercado é inferior ao do BTC ou LTC.
4. Ethereum Classic (ETC)
Depois do ETH passar para PoS, muitos mineradores com GPUs migraram para aqui. É mais democrático e menos dispendioso, mas o ecossistema está a arrefecer — não esperes enriquecer rapidamente.
5. Dogecoin (DOGE)
Apesar de ter começado como uma piada, está bem vivo. O algoritmo Scrypt permite mining com GPU e tem um acesso fácil. Cada moeda vale pouco, mas o volume compensa.
6. Filecoin (FIL)
Este é especial: não usa ASIC, mas sim o Proof of Space-Time — trocas espaço de armazenamento por moedas. Precisas de discos rápidos e boa largura de banda, mas a eletricidade é menos relevante. Ideal para quem tem espaço de armazenamento por aproveitar.
7. Ravencoin (RVN)
Muito resistente a ASICs, foi desenhada para proteger os mineradores de GPU. Tem a barreira de entrada mais baixa, mas também os rendimentos, sendo a estabilidade o principal atrativo.
Enfrentar a realidade
10 armadilhas da mineração que deves evitar:
Como começar a minerar
Resumo
Em 2024 ainda há oportunidades na mineração, mas já não é dinheiro fácil. Vais precisar de:
Se tiveres tudo isto, a mineração pode ser uma boa fonte de rendimento passivo. Se não, talvez seja melhor apostar em trading, tarefas ou participar no ecossistema.
Não te deixes enganar por anúncios de “ganha 1000€ por dia” — quem realmente lucra na mineração, já está calado e a ganhar dinheiro.