A autoridade reguladora financeira do Reino Unido (FCA) anunciou uma decisão importante a 2 de outubro — o levantamento da proibição de produtos negociados em bolsa (ETP) de criptoativos para investidores individuais. Isto significa que, pela primeira vez desde 2021, os investidores de retalho britânicos podem agora aceder legalmente a produtos regulados relacionados com Bitcoin e Ethereum.
A história por detrás do levantamento da proibição
Em 2021, a FCA impôs a proibição de derivados e produtos cotados de criptoativos para proteger os consumidores das flutuações do mercado e dos riscos de fraude. O levantamento desta medida representa o início de uma busca de equilíbrio por parte da entidade reguladora entre a proteção do investidor e a abertura do mercado.
Aprovação lenta, mas com melhorias na eficiência
Apesar do levantamento da proibição, o processo de listagem continua complicado. A FCA só recebeu os prospetos das empresas a 25 de setembro, apenas um dia antes da data prevista para o lançamento. A Bolsa de Valores de Londres (LSE) ainda terá de aprovar todas as listagens após a revisão da FCA, o que atrasa ainda mais o processo.
No entanto, há sinais positivos em termos de eficiência: após a otimização dos processos internos este ano, o tempo médio de aprovação pela FCA desceu de 17 meses para pouco mais de 5 meses, e a taxa de aprovação subiu de 15% nos últimos 5 anos para 45%. Já foram aprovados registos para cinco instituições, incluindo BlackRock e Standard Chartered.
No entanto, o número de candidaturas está a diminuir — de 46 em abril de 2023 para 26 em abril de 2025, e o número efetivo de aprovações caiu de 8 em 2022-23 para 3 em 2024-25.
Coordenação internacional + regulação das stablecoins
O Reino Unido está a alinhar a regulação das criptomoedas com as normas internacionais. A partir de janeiro de 2026, as empresas de criptoativos serão obrigadas a registar informações dos clientes em cada transação, em conformidade com o modelo global de reporte da OCDE.
Simultaneamente, o Reino Unido e os Estados Unidos criaram o “Grupo de Trabalho Transatlântico sobre Ativos Digitais” (anunciado durante a visita de Trump a Londres em setembro), com o objetivo de reforçar a cooperação na regulação dos ativos digitais.
Mas há desafios significativos: o Banco de Inglaterra recomenda limites à posse de stablecoins — entre 10.000 e 20.000 libras para indivíduos, 10 milhões para instituições. Os críticos argumentam que isto poderá sufocar a inovação e prejudicar a competitividade do Reino Unido no mercado global. O governador do Banco Central, Bailey, alertou que as stablecoins podem enfraquecer o papel dos bancos comerciais na custódia de fundos e na criação de crédito.
Atualmente, o mercado global de stablecoins já atinge os 300 mil milhões de dólares, e o Congresso dos EUA aprovou em julho a Lei GENIUS.
Conclusão
À primeira vista, esta jogada da FCA é ainda um teste. Assim que todas as aprovações forem concluídas, espera-se que os investidores individuais possam aceder rapidamente ao mercado. Isto assinala que o Reino Unido está a seguir um novo caminho regulatório, com controlo mas mais flexível e coordenado.
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Reino Unido levanta proibição de investimentos individuais em ativos cripto: proibição de 2021 oficialmente revogada
A autoridade reguladora financeira do Reino Unido (FCA) anunciou uma decisão importante a 2 de outubro — o levantamento da proibição de produtos negociados em bolsa (ETP) de criptoativos para investidores individuais. Isto significa que, pela primeira vez desde 2021, os investidores de retalho britânicos podem agora aceder legalmente a produtos regulados relacionados com Bitcoin e Ethereum.
A história por detrás do levantamento da proibição
Em 2021, a FCA impôs a proibição de derivados e produtos cotados de criptoativos para proteger os consumidores das flutuações do mercado e dos riscos de fraude. O levantamento desta medida representa o início de uma busca de equilíbrio por parte da entidade reguladora entre a proteção do investidor e a abertura do mercado.
Aprovação lenta, mas com melhorias na eficiência
Apesar do levantamento da proibição, o processo de listagem continua complicado. A FCA só recebeu os prospetos das empresas a 25 de setembro, apenas um dia antes da data prevista para o lançamento. A Bolsa de Valores de Londres (LSE) ainda terá de aprovar todas as listagens após a revisão da FCA, o que atrasa ainda mais o processo.
No entanto, há sinais positivos em termos de eficiência: após a otimização dos processos internos este ano, o tempo médio de aprovação pela FCA desceu de 17 meses para pouco mais de 5 meses, e a taxa de aprovação subiu de 15% nos últimos 5 anos para 45%. Já foram aprovados registos para cinco instituições, incluindo BlackRock e Standard Chartered.
No entanto, o número de candidaturas está a diminuir — de 46 em abril de 2023 para 26 em abril de 2025, e o número efetivo de aprovações caiu de 8 em 2022-23 para 3 em 2024-25.
Coordenação internacional + regulação das stablecoins
O Reino Unido está a alinhar a regulação das criptomoedas com as normas internacionais. A partir de janeiro de 2026, as empresas de criptoativos serão obrigadas a registar informações dos clientes em cada transação, em conformidade com o modelo global de reporte da OCDE.
Simultaneamente, o Reino Unido e os Estados Unidos criaram o “Grupo de Trabalho Transatlântico sobre Ativos Digitais” (anunciado durante a visita de Trump a Londres em setembro), com o objetivo de reforçar a cooperação na regulação dos ativos digitais.
Mas há desafios significativos: o Banco de Inglaterra recomenda limites à posse de stablecoins — entre 10.000 e 20.000 libras para indivíduos, 10 milhões para instituições. Os críticos argumentam que isto poderá sufocar a inovação e prejudicar a competitividade do Reino Unido no mercado global. O governador do Banco Central, Bailey, alertou que as stablecoins podem enfraquecer o papel dos bancos comerciais na custódia de fundos e na criação de crédito.
Atualmente, o mercado global de stablecoins já atinge os 300 mil milhões de dólares, e o Congresso dos EUA aprovou em julho a Lei GENIUS.
Conclusão
À primeira vista, esta jogada da FCA é ainda um teste. Assim que todas as aprovações forem concluídas, espera-se que os investidores individuais possam aceder rapidamente ao mercado. Isto assinala que o Reino Unido está a seguir um novo caminho regulatório, com controlo mas mais flexível e coordenado.