Antes de 2030, o BTC tornar-se-á o "novo ouro" dos bancos centrais?

Há um tema bastante interessante a agitar o círculo financeiro ultimamente: será que os bancos centrais do mundo deviam adicionar Bitcoin às suas reservas, lado a lado com o ouro?

A lógica por trás disto não é complicada — a hegemonia do dólar está a enfraquecer. Cada vez mais bancos centrais começam a pensar na diversificação das reservas, e o reconhecimento institucional das criptomoedas também está a crescer silenciosamente. Isto não é uma ideia radical, mas sim uma consideração prática para fazer face ao risco geopolítico.

Porquê o BTC e não outra moeda?

Três razões:

1. Escassez — limite rígido de 21 milhões de unidades, ainda mais rigoroso que o ouro
2. Liquidez — capitalização de mercado suficientemente grande, não teme grandes vendas
3. Neutralidade — não pertence a nenhum país, todos os países podem aceitar

Claro que isto não vai acontecer já no próximo ano. A regulação, os padrões técnicos e os acordos internacionais ainda têm de ser preparados. Mas e se em 2030 um banco central anunciar oficialmente que detém BTC? Esse será um grande sinal — significará que os criptoativos passam oficialmente de “ativos especulativos” para parte da “infraestrutura financeira”.

A questão agora é: quem se atreve a ser o primeiro a dar o passo?