Bitcoin enfrenta dificuldades para recuperar os 90 mil dólares… Opiniões dos analistas de mercado divergem

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O Bitcoin está a oscilar abaixo dos 90.000 dólares, com os investidores de retalho a venderem as suas posições e a transferi-las para baleias e investidores institucionais. No entanto, alguns analistas apontam que até mesmo as baleias não estão a conseguir manter a pressão compradora.

De acordo com a CryptoQuant, o tamanho médio das ordens de futuros de Bitcoin está a diminuir, indicando uma redução da participação das baleias. Por outro lado, a estrutura do mercado continua a ser dominada por pequenas transações, o que não é suficiente para gerar um forte ímpeto de subida. Como resultado, a liquidez e a atividade de negociação do mercado estão a polarizar-se.

Segundo dados da CoinMarketCap, a probabilidade de o Bitcoin ultrapassar os 100.000 dólares até ao final do ano é de apenas 30%, enquanto a possibilidade de fechar o ano abaixo dos 90.000 dólares é de 50%. Também para o Ethereum, a probabilidade de terminar o ano abaixo dos 2.900 dólares é de 50%.

Timothy Mishira, da BRN Research, analisou que o Bitcoin se encontra num ponto de inflexão, enquanto o Dr. Shaun Dawson, da Deriv.xyz, afirmou que tanto a volatilidade de curto como de longo prazo aumentaram nas últimas duas semanas. A volatilidade implícita a 30 dias subiu de 41% para 49% e a volatilidade a seis meses aumentou de 46% para 49%. O rápido aumento da volatilidade de longo prazo é interpretado como um sinal de cobertura face a uma incerteza macroeconómica persistente.

A 21Shares explicou que a tendência estruturalmente positiva do Bitcoin mantém-se, e que a pressão vendedora representa um processo de redistribuição dos detentores de curto prazo para os de longo prazo. A resistência situa-se entre os 98.000 e os 100.000 dólares, enquanto o principal suporte está nos 85.000 dólares. Em caso de nova queda, prevê-se uma forte pressão compradora na faixa dos 75.000 a 80.000 dólares.

A ultrapassagem da marca dos 100.000 dólares pelo Bitcoin depende não só da volatilidade de curto prazo, mas também do sentimento de investimento a longo prazo e de fatores macroeconómicos. Com o abrandamento da pressão compradora das baleias, resta saber como evoluirá o mercado até ao final do ano.