Dólar ou tokens ligados ao won sul-coreano obterão o mesmo estatuto legal que dinheiro em papel e moedas, o que significa que bolsas, bancos e utilizadores comuns terão de tratar os fluxos de fundos de acordo com as normas de declaração de divisas. Para Seul, que sempre esteve na vanguarda da onda de encriptação, isto é tanto uma resposta às irregularidades do mercado como uma tentativa de garantir a iniciativa na corrida global pela regulamentação.

Antigamente, áreas cinzentas, agora têm de ser reveladas
Embora os stablecoins pareçam estar atrelados às moedas fiduciárias numa proporção de 1:1, na prática têm estado a navegar há muito tempo pelas brechas das regulamentações financeiras de vários países. Segundo a reportagem do JoongAng Ilbo, os stablecoins em dólares já circulam na sociedade sul-coreana, e o Banco Central da Coreia (BOK) tem emitido múltiplos alertas, preocupado com o facto de fundos escaparem através de tokens sem documentação, o que pode afetar a estabilidade do mercado cambial. Recentemente, o banco central afirmou que, se não forem regulados precocemente, os fundos transfronteiriços poderão contornar os atuais processos de declaração, aumentando os riscos de branqueamento de capitais e evasão fiscal. Este aviso levou o deputado do Partido do Povo, Park Sung-hoon, a propor alterações legislativas, tentando substituir a abordagem anterior de tratar os stablecoins apenas como «ativos virtuais», por um quadro de gestão de divisas.