O Reino Unido retirou a sua controversa exigência de que a Apple construísse portas dos fundos nos seus sistemas encriptados, pondo efetivamente fim a um acirrado confronto com os Estados Unidos que ameaçava escalar para uma grande crise diplomática.
De acordo com o Financial Times, a decisão veio após semanas de intensas negociações nos bastidores entre Londres e altos funcionários da administração do presidente Donald Trump.
A Ordem Britânica e a Reação da Casa Branca
No início deste ano, o governo do Reino Unido, ao abrigo da Lei de Poderes de Investigação, emitiu uma ordem que procurava obrigar a Apple a fornecer acesso aos dados dos clientes armazenados no iCloud. A medida foi imediatamente recebida com forte oposição de Washington—liderada diretamente pelo Vice-Presidente J.D. Vance e pela Diretora de Inteligência Nacional Tulsi Gabbard.
Vance até interveio pessoalmente durante uma viagem ao Reino Unido e, de acordo com um funcionário dos EUA, “negociou um acordo mutuamente benéfico que forçou Londres a retirar seu mandato contra a Apple.”
Tulsi Gabbard confirmou mais tarde que a Grã-Bretanha "concordou em recuar" e enfatizou que os dados privados dos cidadãos dos EUA permaneceriam protegidos. "Juntamente com o Presidente Trump e o Vice-Presidente Vance, garantimos que nenhum direito constitucional ou liberdade civil dos americanos seria violado", disse ela.
Apple: Nunca Criaremos Portas dos Fundos
A Apple adotou uma postura intransigente durante toda a provação. Em fevereiro, retirou o seu serviço de Proteção Avançada de Dados do iCloud do Reino Unido, declarando:
"Como dissemos muitas vezes, nunca criamos uma porta dos fundos ou chave mestra para qualquer um dos nossos produtos ou serviços—e nunca o faremos."
A empresa também apresentou uma queixa legal ao Tribunal de Poderes Investigatórios, com audiências previstas para começar no início do próximo ano. Por enquanto, a Apple recusou-se a emitir mais comentários públicos.
Londres desmorona, mas não oficialmente
Embora os oficiais britânicos tenham confirmado o assunto como "resolvido", a ordem ainda não foi formalmente retirada. Um insider do Reino Unido admitiu que "Londres cedeu à pressão da equipe de Trump." Outro acrescentou de forma direta: "Não podemos e não iremos forçar a Apple a quebrar sua criptografia."
Ainda assim, isso não elimina a possibilidade de que o Reino Unido possa tentar um movimento semelhante no futuro sob um quadro legal diferente. Fontes próximas ao círculo de Trump alertaram, no entanto: "Qualquer tentativa de entrada dos fundos quebraria o acordo."
Lei dos Poderes de Investigação: Ferramenta ou "Carta dos Espiões"?
A Lei de Poderes Investigatórios Britânica tem sido há muito controversa. Em teoria, permite que as autoridades do Reino Unido exijam dados de empresas como a Apple—mesmo que o usuário esteja localizado fora do país. Os apoiantes defendem-na como uma arma essencial contra o terrorismo e a exploração infantil, enquanto os críticos a denunciam como uma "carta de bisbilhoteiro."
Contexto Político: Starmer Equilibra a Pressão dos EUA e a Lei do Reino Unido
Os analistas acreditam que o Primeiro-Ministro Keir Starmer está ansioso por evitar a retaliação económica de Trump, enquanto mantém a aliança com os EUA em questões como o apoio à Ucrânia. É isso que, segundo argumentam, levou Londres a recuar, mesmo que ainda não tenha cancelado oficialmente o mandato.
O Ministério do Interior britânico recusou-se a confirmar ou negar a ordem original, emitindo apenas uma declaração vaga. Apontou para o existente acordo de partilha de dados entre os EUA e o Reino Unido, que permite a ambos os governos solicitar dados às empresas de telecomunicações do outro país—mas proíbe explicitamente qualquer uma das partes de visarem os cidadãos da outra.
👉 Esta última reversão destaca a enorme influência que a política dos EUA exerce sobre Londres—e prova que a criptografia continua a ser um dos pontos de tensão mais explosivos na interseção da tecnologia e da geopolítica hoje.
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,,As informações e opiniões apresentadas neste artigo são destinadas exclusivamente a fins educacionais e não devem ser consideradas como aconselhamento de investimento em qualquer situação. O conteúdo destas páginas não deve ser considerado como aconselhamento financeiro, de investimento ou de qualquer outra forma. Alertamos que investir em criptomoedas pode ser arriscado e pode levar a perdas financeiras.“
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Reino Unido recua: Apple não será forçada a criar backdoors sob pressão de Trump
O Reino Unido retirou a sua controversa exigência de que a Apple construísse portas dos fundos nos seus sistemas encriptados, pondo efetivamente fim a um acirrado confronto com os Estados Unidos que ameaçava escalar para uma grande crise diplomática. De acordo com o Financial Times, a decisão veio após semanas de intensas negociações nos bastidores entre Londres e altos funcionários da administração do presidente Donald Trump.
A Ordem Britânica e a Reação da Casa Branca No início deste ano, o governo do Reino Unido, ao abrigo da Lei de Poderes de Investigação, emitiu uma ordem que procurava obrigar a Apple a fornecer acesso aos dados dos clientes armazenados no iCloud. A medida foi imediatamente recebida com forte oposição de Washington—liderada diretamente pelo Vice-Presidente J.D. Vance e pela Diretora de Inteligência Nacional Tulsi Gabbard. Vance até interveio pessoalmente durante uma viagem ao Reino Unido e, de acordo com um funcionário dos EUA, “negociou um acordo mutuamente benéfico que forçou Londres a retirar seu mandato contra a Apple.” Tulsi Gabbard confirmou mais tarde que a Grã-Bretanha "concordou em recuar" e enfatizou que os dados privados dos cidadãos dos EUA permaneceriam protegidos. "Juntamente com o Presidente Trump e o Vice-Presidente Vance, garantimos que nenhum direito constitucional ou liberdade civil dos americanos seria violado", disse ela.
Apple: Nunca Criaremos Portas dos Fundos A Apple adotou uma postura intransigente durante toda a provação. Em fevereiro, retirou o seu serviço de Proteção Avançada de Dados do iCloud do Reino Unido, declarando:
"Como dissemos muitas vezes, nunca criamos uma porta dos fundos ou chave mestra para qualquer um dos nossos produtos ou serviços—e nunca o faremos." A empresa também apresentou uma queixa legal ao Tribunal de Poderes Investigatórios, com audiências previstas para começar no início do próximo ano. Por enquanto, a Apple recusou-se a emitir mais comentários públicos.
Londres desmorona, mas não oficialmente Embora os oficiais britânicos tenham confirmado o assunto como "resolvido", a ordem ainda não foi formalmente retirada. Um insider do Reino Unido admitiu que "Londres cedeu à pressão da equipe de Trump." Outro acrescentou de forma direta: "Não podemos e não iremos forçar a Apple a quebrar sua criptografia." Ainda assim, isso não elimina a possibilidade de que o Reino Unido possa tentar um movimento semelhante no futuro sob um quadro legal diferente. Fontes próximas ao círculo de Trump alertaram, no entanto: "Qualquer tentativa de entrada dos fundos quebraria o acordo."
Lei dos Poderes de Investigação: Ferramenta ou "Carta dos Espiões"? A Lei de Poderes Investigatórios Britânica tem sido há muito controversa. Em teoria, permite que as autoridades do Reino Unido exijam dados de empresas como a Apple—mesmo que o usuário esteja localizado fora do país. Os apoiantes defendem-na como uma arma essencial contra o terrorismo e a exploração infantil, enquanto os críticos a denunciam como uma "carta de bisbilhoteiro."
Contexto Político: Starmer Equilibra a Pressão dos EUA e a Lei do Reino Unido Os analistas acreditam que o Primeiro-Ministro Keir Starmer está ansioso por evitar a retaliação económica de Trump, enquanto mantém a aliança com os EUA em questões como o apoio à Ucrânia. É isso que, segundo argumentam, levou Londres a recuar, mesmo que ainda não tenha cancelado oficialmente o mandato. O Ministério do Interior britânico recusou-se a confirmar ou negar a ordem original, emitindo apenas uma declaração vaga. Apontou para o existente acordo de partilha de dados entre os EUA e o Reino Unido, que permite a ambos os governos solicitar dados às empresas de telecomunicações do outro país—mas proíbe explicitamente qualquer uma das partes de visarem os cidadãos da outra.
👉 Esta última reversão destaca a enorme influência que a política dos EUA exerce sobre Londres—e prova que a criptografia continua a ser um dos pontos de tensão mais explosivos na interseção da tecnologia e da geopolítica hoje.
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